um homem sentado sozinho a uma mesa de xadrez, meditando sobre uma posição. Ao passar perto da mesa, Lasker casualmente olhou para a posição e o estranho perguntou-lhe se jogava xadrez. “Oh! De vez em quando”, respondeu Lasker. “Bem, então sente-se e vamos jogar algumas partidas”, convidou o outro. “Eu jogo muito e podemos compensar sua falta de experiência com uma vantagem. Dou-lhe a vantagem da Dama na primeira partida. Se o senhor ganhar, a vantagem passará a ser de Torre e assim por diante até descobrirmos nossa força relativa.” “Para mim, está muito bem”, respondeu Lasker, planejando dar uma pequena lição ao homem.
Deixou-o ganhar a primeira partida rapidamente, experimentando-lhe a força, e em seguida conseguiu perder uma segunda partida sem despertar a menor suspeita na mente do adversário. Antes da terceira partida, Lasker disse: “Deve haver alguma vantagem em jogar sem a Dama. Talvez porque o Rei fica com maior liberdade de movimento quando o espaço ao seu lado não está ocupado. Deixe-me dar-lhe a Dama desta vez. Penso que assim me sairei melhor.”
O outro riu: “Mas, que absurdo! Eu o derrotei duas vezes dando-lhe a vantagem da Dama e o senhor quer jogar comigo sem a sua Dama! Isso seria realmente ridículo!” Lasker, porém, mostrou-se obstinado e o homem teve de ceder. Naturalmente, Lasker derrotou-o. Um tanto aturdido, seu adversário explicou: “Bem, eu não prestei realmente muita atenção. Talvez eu o tenha menosprezado. Vamos jogar agora uma partida em igualdade de condições.” Lasker não concordou. Insistiu em dar de novo a Dama e ganhou outra vez. Desta vez, seu adversário não soube mais o que dizer. Descobriu, porém, como havia passado por bobo, quando encontrou o nome de Emanuel Lasker na lista de passageiros.
(De A Aventura do Xadrez, de Edward Lasker)
Deixou-o ganhar a primeira partida rapidamente, experimentando-lhe a força, e em seguida conseguiu perder uma segunda partida sem despertar a menor suspeita na mente do adversário. Antes da terceira partida, Lasker disse: “Deve haver alguma vantagem em jogar sem a Dama. Talvez porque o Rei fica com maior liberdade de movimento quando o espaço ao seu lado não está ocupado. Deixe-me dar-lhe a Dama desta vez. Penso que assim me sairei melhor.”
O outro riu: “Mas, que absurdo! Eu o derrotei duas vezes dando-lhe a vantagem da Dama e o senhor quer jogar comigo sem a sua Dama! Isso seria realmente ridículo!” Lasker, porém, mostrou-se obstinado e o homem teve de ceder. Naturalmente, Lasker derrotou-o. Um tanto aturdido, seu adversário explicou: “Bem, eu não prestei realmente muita atenção. Talvez eu o tenha menosprezado. Vamos jogar agora uma partida em igualdade de condições.” Lasker não concordou. Insistiu em dar de novo a Dama e ganhou outra vez. Desta vez, seu adversário não soube mais o que dizer. Descobriu, porém, como havia passado por bobo, quando encontrou o nome de Emanuel Lasker na lista de passageiros.
(De A Aventura do Xadrez, de Edward Lasker)
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